domingo, 18 de julho de 2010

TENDÊNCIAS ATUAIS NO ENSINO DA MATEMÁTICA

O mundo contemporâneo traz transformações profundas no setor educacional, uma vez que a educação fundamenta o sucesso de toda e qualquer mudança. Nesse sentido, o ensino da matemática busca oferecer subsídios teóricos metodológicos para viabilizar e superar as dificuldades encontradas.

Sob a luz das literaturas estudadas podemos dizer que a matemática ensinada nos cursos de formação de professores aponta para a necessidade de uma abordagem mais ampla focalizando as tendências metodológicas buscando compreender suas características, seus princípios pedagógicos e seu modo de abordagem dentro do processo de ensino-aprendizagem.

Para tanto, enfatiza a importância sobre o uso de materiais concretos e jogos, pois o ser humano é levado a todo o momento a jogar, resolver problemas nas mais diversas situações. Portanto, é nesse movimento cotidiano e por se sentir problematizado e desafiado a todo instante que ele produz conhecimento.

Logo, ao usar o lúdico como estratégia de ensino, contribui-se efetivamente para o desenvolvimento do pensamento analítico do aluno, bem como, sua participação ativa na aprendizagem possibilitando avançar na construção do conhecimento matemático e para uma aprendizagem significativa.

O ensino da matemática tem sido fomentado por vários estudiosos e as tendências apontam para a necessidade de valorizar a matemática dos diferentes grupos culturais. A Etinomatemática um termo que foi proposto em 1975 por Ubiratan D’Ambrósio para descrever as práticas matemáticas dos grupos culturais, sejam eles uma sociedade, uma comunidade, um grupo religioso ou uma classe profissional.

A Etinomatematica abre um leque de informações claras e evidentes para a educação, visto que cada sala de aula é uma micro-cultura: os aspectos sócio-cognitivos da matemática apresentados pelos alunos devem ser considerados.

Existem várias atividades pedagógicas envolvendo a etinomatemática que são: as explorações dos aspectos geométricos em atividades de tapeçaria, rendas e outras atividades artísticas.

A modelagem matemática também é outra forma cultural. Ela surge da necessidade do ser humano compreender os fenômenos que o cerca para interferir ou não em seu processo de construção. Os benefícios de se trabalhar com a modelagem matemática são diversos, tais como:

  • Motivação dos alunos e do próprio professor;

  •  Facilitação da aprendizagem. O conteúdo deixa de ser abstrato para ser concreto;

  • Preparação para futuros profissionais nas mais diversas áreas do conhecimento devido à interdisciplinaridade;

  • Desenvolvimento do raciocínio lógico e dedutivo em geral;

  • Desenvolvimento do aluno como cidadão crítico e transformador de sua realidade;

  • Compreensão do papel sócio-cultural da matemática.

Dentro do que foi descrito acima, a modelagem matemática tem sido utilizada como forma de acabar com a dicotomia existente entre matemática escolar e formal e sua utilidade na vida real.

Das tendências atuais é de primordial importância falar da Resolução de Problemas. Ensinar matemática através da resolução de problemas é vista como uma tendência metodológica que tem como objetivo motivar, estimular e atrair o aluno.

Portanto, a matemática deve ser incorporada a essa realidade social oferecendo oportunidades e condições concretas para a formação de um aluno competente, criativo e solidário. Existem outras tendências matemáticas, como a inserção das Tic’s (tecnologias de informação) que abordaremos na próxima postagem. Abraços.

REFERÊNCIAS

A Modelagem Matemática. Disponível em: http://www.pedagogia.com.br/artigos/modelagem/137.jpg. Acesso em 18/07/2010.
O Medo da Matemática. Disponivel em: http://coralx.ufsm.br/revce/revce/2001/02/images/img_a8_1.gif. Acesso em 18/07/2010.
OBSERVEM ESTA IMAGEM E CURTAM O HUMOR DE DEUS.

domingo, 11 de julho de 2010

A importância da didática na formação do educador matemático

Ao observarmos um prédio ou uma outra construção com designer diferente percebemos o quão difícil foi se chegar ao projeto final. Diversos estudos foram levantados, desde a escolha do terreno e profissionais que iriam trabalhar na obra.

Desta mesma forma é importante a didática na formação do educador de matemática, português, etc. Segundo Castro, 1998, p.18 o modo como as necessidades foram atendidas na infância tem influencia direta no tipo de adulto que a pessoa se torna, pois é a partir daí que obtém informações de si mesma, dos outros e de sua aceitação do mundo.

Voltemos à construção. Pense em um cálculo ou projeto errado, certamente que o prédio tenderá a cair da mesma forma acontece com a maneira como vamos conduzir o nosso maior cliente; o aluno. As experiências dos primeiros anos de Educação Infantil exercerá forte influencia em todos os anos seguintes, uma outra forma para aumentar nossa probabilidade de sucesso em sala de aula, refere-se a conhecer quem são nossos alunos e observar fatores distintos como, meio cultural, nível socioeconômico herança genética e educação familiar.

Estes fatores podem influenciar no ensino da matemática pois refere-se aos aspectos cognitivos, psicossocial e moral.

Ser educador em matemática é entender esse conhecimento como em valor cultural. E, ainda, ver cada homem como produtor de conhecimento, ao interagir com outros homens na busca de soluções tanto de problemas que estas intenções suscitam quanto daqueles que a natureza nos coloca como desafios.

Portanto, é insuportável (MOURA, 1990, p.64) que, durante sua formação o professor vivencie situações, estágios onde possa fazer uma reflexão sobre como se dá a aprendizagem não só dos alunos, mas, também a dele próprio, mesmo porque é preciso pensar em um currículo que propicie ao futuro educador constituir uma "visão do que vem a ser a matemática, visão do que constitui um ambiente propicio à atividade matemática". (D'AMBRÓSIO, 1993, apud PEREZ, 1999, p. 266.

REFERÊNCIAS

ESTUDOS da Matemática na Educação Infantil. Disponível em: http://www.ava.ead.ftc.br/contéudo/circuito1_Novo/Periodo_03_pedagogia/02-estudo_da_matematica_na_educação_infantil/modulo_impresso.pdf.
MOURA, M. O. de. O jogo na Educação Matemática. In: Idéias: o cotidiano da pré-escola. N.&. São Paulo: FDE, 1990, p.62-67.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A dinâmica da aula matemática

A matemática é indispensável na formação do individuo, não só porque estar presente no cotidiano, mas porque ela expressa uma linguagem crucial da mente humana e também por agirmos matematicamente, portanto o educador tende a buscar alternativas para tornar o ensino matemático mais prazeroso e atrativo, visa também abordar o ensino da matemática a partir do desenvolvimento das inteligências múltiplas e da realidade a qual o discente esta inserida.

Uma das alternativas são as atividades lúdicas (jogos, brincadeiras, brinquedos, etc.) tornando-se um ingrediente indispensável no relacionamento entre aluno x professor, possibilitando a possibilidade para que afetividade, prazer, autoconhecimento, cooperação, autonomia, imaginação e criatividade cresçam, permitindo que o outro construa por meio da alegria e do prazer de querer fazer e construir. É importante lembrar que o aspecto afetivo se encontra implícito no próprio ato de jogar, uma vez que o elemento mais importante é o envolvimento do indivíduo que brinca, sendo assim quando crianças ou jovens brincam, demonstram prazer e alegria em aprender. Eles têm oportunidade de lidar com suas energias em busca da satisfação de seus desejos. Promovendo a curiosidade que os move para participar da brincadeira é, em certo sentido, a mesma que move os cientistas em suas pesquisas. Dessa forma é desejável buscar conciliar a alegria da brincadeira com a aprendizagem escolar.

Segundo Smole (2000) “Ensinar Matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas”. Sendo assim os educadores matemáticos, devem procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, a concentração, estimulando a socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas.

Um dos objetivos para fazer com que os alunos gostem de aprender essa disciplina, esta relacionada ao uso de jogos e curiosidades conseguintemente mudando a rotina da classe e despertando o interesse do aluno envolvido tornando uma aprendizagem mais significativa.

Esta visão de ensino X aprendizagem envolve os educandos nas brincadeiras, jogos e desafios apresentados e construídos, os vários conteúdos matemáticos trabalhados de forma lúdica e prazerosa com os alunos não atraem apenas os discentes da Educação Infantil, mas também do Ensino Fundamental I e II e do Ensino Médio, possibilitando que os alunos perceberam que é possível aprender Matemática de forma lúdica, recreativa e divertida, tendo maior aprendizagem em relação aos conteúdos estudados, bem como contribuindo para o aumento da criatividade, criticidade e inventividade no ensino da Matemática.

Planejar ou não planejar o ensino de Matemática


A qualidade do ensino dos professores de matemática está apresentando problemas e sendo transferidos aos alunos, professores desta matéria e família, julgando-os como fracos, que não deveriam estar nas respectivas séries. Deste modo, culpam os alunos e não percebem a falta de planejamento para o desenvolvimento do trabalho pedagógico, avaliando assim as suas dificuldades de aprendizagem.

As reflexões sobre os trabalhos executados tendem a reavaliar todo o planejamento para alcançar os objetivos propostos no projeto político pedagógico de cada escola.

Uma das grandes dificuldades desses professores de matemática pode se resumir a separação do trabalho do pensar, agir e planejar não sabendo trabalhar o teórico e prático em conjunto, quando o professor tem o plano de aula na cabeça acredita ser o detentor de todo o conhecimento. Muitas vezes não se permite abranger o que vai ser aplicado em sala de aula criando uma contra versão entre atualidades, vida prática e conteúdo aplicado. O que acarretará em dificuldades no processo de aprendizagem.

Toda essa situação resulta num contraste que não relaciona nitidamente o planejamento proposto e o executado, muitas vezes não existe coerência e nem ligação entre ambos.

A necessidade de planejar é essencial em todos os momentos da vida, mas quando se diz a respeito de aulas é fundamental, uma vez que o professor contribui para a formação do aluno e está preparado é algo vital.

A matemática está entre as disciplinas que gerencia todas as outras se não for planejada pode causar danos irreversíveis no processo de aprendizagem.

A responsabilidade de um professor é extremamente importante no quesito preparar o aluno para sua matéria, criando base para as demais, matemática é uma delas, sendo ela o alicerce para o desenvolvimento por toda vida. O professor quando preparado e com conteúdo planejado, ele consegue atingir o objetivo principal que pode proporcionar em magníficos resultados, pois a segurança de passar e trabalhar em sala de aula faz com que o aluno perceba a importância e aplicabilidade do conteúdo ministrado.

Segundo Menegolla e Sant’ana, (1992) “planejar com seriedade e consciência sua ação” é crucial para o desempenho do aluno, pois motiva-o a aprender e leva para as suas experiências da vida a prática fora do espaço escolar.

O ato de planejar pode apresentar dificuldade e está relacionada com sua formação inicial, principalmente pedagógico, sem deixar de citar o saber específico, o professor tem que saber muito bem o que vai ser aplicado e como deve ser para que haja sucesso no objetivo da aprendizagem.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Seminário sobre a análise de erros

No último encontro no Polo (Feira de Santana/Ba), dia 01 de julho fora muito proveitoso para nós professores e estudantes de Licenciatura em Matemática. Foi uma noite enriquecedora pois discorremos sobre a análise de erros em sala de aula.

Os colegas enriqueceram a noite com ótimas apresentações em powerpoint e foram muitos os questionamentos sobre os erros cometidos por nós e pelos nossos antigos mestres. Houve quem discordasse de muitas coisas e a colega Vilma foi feliz em afirmar que também aprendemos com as diferenças e fora aplaudida por todos.

Abaixo segue a apresentação da nossa equipe no powerpoint.

Abraços,

Joseval Vasconcelos

domingo, 20 de junho de 2010

O que se pode fazer com a Matemática?

Vejamos o que Norbert Wiener fez com...

Freqüentemente nos defrontamos com essa pergunta. Às vezes respondemos com paciência, outras com irritação, e às vezes, em tom de brincadeira, dizemos que “a Matemática serve para diferenciar o homem do chimpanzé”. Se bem que, com a pesquisa genômica recente, geneticamente falando, parece ser pequena essa diferença, e a brincadeira pode não ter mais graça, se é que teve alguma.
De qualquer forma, mesmo uns poucos milhares de genes ainda podem fazer uma imensa diferença devido às suas milhões, talvez bilhões, de combinações extras, acentuando muito tal diferença. Mas mesmo uma diferença genética, por si só, poderia não convencer definitivamente alguém da “grande diferença” entre o homem e o chimpanzé. A idéia da piada é que o chimpanzé, sem dúvida, não é capaz de fazer Matemática... Um problema dessa piada: mas se o homem é capaz de fazer Matemática, por que a maioria das pessoas não o faz? E ainda ficam questionando o por quê dela e o que fazer com ela...?
Há tanta coisa para falarmos sobre a importância da Matemática, que até ficamos paralisados, como se a quantidade de informações congestionasse nossa fala. Por isso é tão fácil e, paradoxalmente, tão difícil, responder a essas duas perguntas. Uma tática diferente da paciência, da irritação e da brincadeira, é remeter o questionador às biografias de alguns cientistas no que respeita à maneira como eles encararam a Matemática e ao uso que fizeram dela. O questionador pode procurar em bibliotecas, na Internet, em enciclopédias, etc., o nome, por exemplo, de Norbert Wiener, para ter uma idéia sobre o que se pode fazer com a Matemática.
Norbert Wiener (1894-1964) foi uma personalidade singular entre os matemáticos da primeira metade do Século XX, não apenas em face do prestígio que obteve pela criação da cibernética, mas principalmente pelo seu envolvimento profundo, amplo e criativo em várias áreas, não necessariamente interligadas, do conhecimento humano. Entre as quais, a fisiologia, a sociologia, a filosofia da lógica, a engenharia elétrica, a criação de sistemas mais eficientes de artilharia antiaérea e por último, mas não menos importante, o desenvolvimento da teoria das funções de várias variáveis complexas, posteriormente conhecida como análise harmônica generalizada.

Uma característica notável de Wiener era o seu interesse profundo pelas aplicações da Matemática, e que permaneceu vivo durante toda a sua carreira. Acreditava que os matemáticos não podem ou não devem ignorar o mundo exterior, e que devem tanto aplicar o seu conhecimento quanto assumir a responsabilidade pela sua propositura. E agiu sempre assim, a despeito da enorme influência de Godfrey Harold Hardy (1877-1947), pois segundo este, a Matemática deveria ter o seu interesse motivado unicamente por razões de ordem estética e não por aplicações.
Hardy teceu grandes elogios ao trabalho de Norbert em análise harmônica devido à elegância e beleza com que ele escrevia. A esse respeito é curioso observar que a teoria dos números, que Hardy tanto amava por ser a mais pura das teorias matemáticas, seria aplicada pelo seu discípulo Wiener futuramente em criptografia (elaboração e decifração de escrita e mensagens em código), telecomunicações e ciência da computação. Wiener nasceu em Columbus, Ohio, Estados Unidos. Graduou-se em Matemática pela Universidade Tufts, em 1909, aos quatorze anos. Anteriormente havia tentado estudar zoologia em Harvard. Passou um ano estudando filosofia na Universidade Cornell, voltando depois a Harvard. Escreveu sua dissertação em nível de doutoramento, sobre lógica baseada em Schroeder, Whitehead e Russell, obtendo o título de Ph. D. aos 18 anos de idade.
Disponível em:http://www.somatematica.com.br/coluna/18042001.php. Acesso em 20 de junho de 2010.

Introdução

Tendo em vista que todo professor precisa se apropriar de conhecimentos teóricos e estar familiarizado com as Tecnologias de Infomação e Comunicação (TIC's), e, ainda visando a relação professor x matemática x aluno como busca incessante na educação é que criamos esse webfólio.
A matemática é uma disciplina muito importante na vida do ser humano e é importante estar sempre em busca de atualizações que muitas vezes se apresentam em função das tecnologias da informação, associados às experiencias vividas em sala de aula e no cotidiano.
Assim, este espaço discutirá várias abordagens, como:

  • A importância da didática na formação do educador matemático;

  • Tendências metodológicas no ensino da Matemática;

  • A dinâmica da aula de Matemática;

  • O planejamento no ensino da matemática.
Todavia, discutiremos também as atividades feitas no Pólo de Feira de Santana.

Nossa equipe é composta por cinco membros, conforme foto, da esquerda para a direita: VILMA, ERNANDO, JANUZI, JOSEVAL (VASCO) E LUCIANO.
Sejam todos bem vindos.